Talvez tenha sido pouco contigo, com medo de ser inteira
Ou talvez fosse inteira e aos poucos me desfiz
Do gozo ao choro, da luz às trevas, assim se deu
Assim, de repente, invadi teu caminho... Invadiu meu caminho
Perdi-me da trilha, me refiz em teus passos
Cresci. Com os olhos marejados me lembro do passado
Confundimos-nos tantas vezes, por vezes fui você, por vezes você me foi
Escapei. A roubaram de mim...
Esqueci. Esqueci como é ter o coração seco,
Já que me regava com o teu sangue, liguei-me a tua alma
Não percebo e já não sinto. Apenas sei que está aqui comigo
Não a vejo, nem contemplo
Apenas lembro-me do meu caminho,
Pois no meu caminho tinha uma Pedra e uma Metade
E por esse caminho passava outra metade,
A Metade tropeçou na Pedra e se chocou com a primeira Metade,
Tornando as batidas do coração rítmicas e sincrônicas, as fazendo inteiras,
Harmonizando um só tom e uma só cor,
Presas a um elo, sendo raras, sendo amor.
Quando no teatro o meu papel foi o do Vento e o seu, meu amor, o da Pedra.
À minha amante incestuosa, Wellen de Oliveira.
Minha eterna Maranhense Abextada, rs.